Nó do tempo.
Natal cansou de Dezembro
e foi pra Fevereiro pular carnaval.
Mas carnaval cansado de enredo
foi descansar num quintal florido de Primavera
que foi pra Janeiro encontrar seu verão.
Verão tomado de tédio
mudou-se para o inverno
para esfriar a solidão.
Domingo foi pra segunda
que foi pra domingo pra
não trabalhar.
E o hoje não satisfeito com tudo
foi pro passado consertar
passado triste com o mundo
foi reclamar pro futuro e
chorou no seu divã.
Futuro ouviu no presente e pensou...
Mas deixou pra o amanhã.
Então o vento sorriu e só...
Soprou nesse momento
porque foi o vento que
desatou o nó.
O nó que amarrava o tempo.
Poema : Nó do tempo
Autor: Cristiano Sampaio.
Um comentário:
Caraca! Perfeito! Esse nem precisa de muitas palvras pra definir...
bj
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