sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Meu primeiro livro: O Pequeno Principe.


No dia 29 de agosto de 1989 ganhei da minha prima (Conceição)de presente este livro(pequeno Principe).Não entendi muito sua mensagem mas achava triste.Anos depois, em 2008 eu o li novamente e me despertou a curiosidade uma dedicatória a Leon Werth que diz assim:
A Léon Werth

"Peço perdão as crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande.Tenho desculpa sériâ: Essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo no mundo.Tenho uma outra desculpa: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisa, até mesmo os livros de criança.Tenho ainda uma terceira: essa pessoa grande mora na França, e ela tem fome e frio.Ela precisa de consolo.Se todas essas desculpas não bastam, eu dedico então esse livro à criança que essa pessoa grande já foi.Todas as pessoas grandes foram um dia crianças.Mas poucas se lembram disso).Corrijo portanto a dedicatória: A Léon Wert quando ele era pequeno."

Como sou um pouco curioso fui em busca de Léon WertH, e descobri que ele era um ensaista e novelista Francês que encontrou-se com Exupery no ano de 1931 e ficaram amigos.Wert era vinte e dois anos mais velho que o amigo.Wert leu o livro cinco meses após a morte de Exupery que morreu num voô sem deixar vestigios no fim da Segunda Guerra.

O Pequeno Príncipe foi escrito durante o exílio de exupery no E.U.A.Ele nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e com esse julgamento nos levam a solidão.Nós nos entregamos a preocupação diária, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.

Antoine de Saint-Exupéry
Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry filho do conde e condessa de Foscolombe (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944) foi escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial.


FRASES DE EXUPERY.


Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.Antoine de Saint-Exupéry
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Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.Antoine de Saint-Exupéry
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O Homem distingui-se dos homens. Nada se diz de essencial acerca da catedral se apenas falarmos das pedras. Nada se diz de essencial a respeito do Homem se procurarmos defini-lo pelas qualidades humanas.Antoine de Saint-Exupéry
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Mulher: a mais nua das carnes vivas e aquela cujo brilho é o mais suave.Antoine de Saint-Exupéry
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A terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos os livros. Porque ela nos resiste.Antoine de Saint-Exupéry
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Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos.Antoine de Saint-Exupéry
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Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê?Antoine de Saint-Exupéry

Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

Cora Coralina.


Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiá.
Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina. Publicou nessa fase o seu primeiro conto, Tragédia na Roça.
Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria no estado de São Paulo por quarenta e cinco anos, inicialmente nas cidades de Avaré e Jaboticabal, e depois na cidade de São Paulo, para onde se mudaria em 1924. Ao chegar à capital, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade. Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender lingüiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
Ao completar cinqüenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada.
Cora Carolina morreu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.






Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta

Ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que vivemos

Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.


Muitas vezes basta ser:

Colo que acolhe,

Braço que envolve,

Palavra que conforta,

Silêncio que respeita,

Alegria que contagia,

Lágrima que corre,

Olhar que acaricia,

Desejo que sacia,

Amor que promove.


E isso não é coisa de outro mundo,

É o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela

Não seja nem curta,

Nem longa demais,

Mas que seja intensa,

Verdadeira, pura...

Enquanto durar
Cora Coralina

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O silêncio e a fulga das palavras para um lugar desconhecido faz o poema: Momento.

Momento

Eu e meus dedos
lado a lado na mão destra.
Mas cinco na mão canhota
apóiam a minha testa.

Pensativo tomo horas
para me expressar,
porém inerte.
Com meus longos dedos pardos
da minha mão destra.

Nota do autor: As vezes queremos escrever mais falta inspiração.Daí a folha em branco é o retrato da mente.A persistência em querer expressar algo e levar para o papel indigna o poeta quando a folha continua nua (ausente de suas palavras). Principalmente quando vc tem um tema e não consegue descreve-lo.Daí vc é surpreendido por uma manifestação interior contra o silêncio, e de forma sútil aquele tema outrora escolhido vai dando espaço para este intruso que te desperta indignadamente a despejá-lo em folha. Assim nasceu, Momento.

AUTOR : Carlos Henrique R. de Oliveira.
Reservado sobre direitos autorais.

Uma das músicas mais bela de Caetano: SAMPA.

Sampa

Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa