Entre concretos
e asfalto
eis que surge uma muda,
que foge de sua casa
para desenvolver-se na rua.
Entre carências e pedidos
crescem despercebidos.
Entre trocados negados
são tratados com descaso.
A muda cresce,
vira árvore
regados a roubos e furtos.
E a sociedade colhe seus frutos.
Num ápice de revolta
vítima faz do refém
outra vítima:
chacina, prisões, perda da mãe...
a dor é expelida.
Entre concretos e asfaltos
todos dois sem vida.
Nota do autor: O caso do ônibus 174 foi esquecido. O sistema continua o mesmo: O menor rouba, "vai p/o reformatório", volta pior e rouba novamente.
Sandro e Geísa: ambos vítima da sociedade.
Autor do poema: Carlos Henrique R. de Oliveira - Poema reservado sobre direitos autorais.
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